quarta-feira, 26 de junho de 2013

É possível deixar de ser homossexual (I) - Richard Cohen

Richard Cohen, psicoterapeuta americano, apresentou em Espanha o seu trabalho: Comprender y sanar la homosexualidad (compreender e curar a homossexualidade), no qual deixa aos homossexuais, que querem deixar de sê-lo, uma mensagem de esperança: “Nunca desista, a mudança é possível”. Baseia-se também na sua própria experiência, já que ele mesmo foi homossexual.

É verdade que a pessoa nasce homossexual?
- Richard Cohen: De acordo com a Associação Americana de Psicologia (APA), não se nasce necessariamente com a atracção pelo mesmo sexo: "Apesar de terem sido bastante investigadas as possíveis influências genéticas, hormonais, do crescimento, sociais e culturais sobre a orientação sexual, não há evidências que permitam os cientistas concluir que a orientação sexual esteja determinada por um ou por mais factores concretos. Muitos acreditam que tanto a natureza quanto a educação desempenham um papel complexo. A maioria das pessoas sentem que tiveram pouca capacidade de escolha na sua orientação sexual ", diz a Associação Americana de Psicologia.

Por que existem pessoas com atracção pelo mesmo sexo?
- Richard Cohen: Mais de oitenta anos de literatura científica têm encontrado muitas razões pelas quais as pessoas experimentam sentimentos homossexuais. Sei isso pela minha própria vida, pela vida de centenas de pessoas com as quais trabalhei como terapeuta, e de outras milhares através dos nossos workshops de cura e aulas através de videoconferência. Muitas pessoas não acham o modo de vida "gay" engraçado e gostariam de outro estilo de vida. Querem mudar os seus sentimentos homossexuais, ter família e filhos.

É possível a transição da homossexualidade para a heterossexualidade?
- Richard Cohen: Durante os últimos vinte e dois anos, como psicoterapeuta na International Healing Foundation, tive um sucesso notável ajudando homens e mulheres a resolverem sua atracção indesejada por pessoas do mesmo sexo e realizar os seus sonhos de heterossexualidade.

Como?
- Richard Cohen: Nosso plano consiste de quatro etapas para passar de gay para não gay, e funciona se alguém estiver realmente interessado na mudança. Através do nosso programa, explicado no meu livro, as pessoas mudam de dentro para fora. Não é apenas a mudança de comportamento. Quando alguém identifica e corrige as feridas do seu passado, e experimenta o amor numa relação saudável e não sexual com pessoas do mesmo sexo, surge naturalmente o desejo heterossexual.

Tem visto isso no seu consultório...
- Richard Cohen: Eu experimentei isso pessoalmente e tenho observado a mesma transformação na vida de milhares de homens e mulheres com quem trabalhei como conselheiro, em seminários de cura ou aulas por videoconferência. Os quatro ingredientes da mudança são: 1) motivação pessoal, 2) um tratamento eficaz, 3) o apoio dos demais, 4) o amor de Deus.

Por que é que o lobby gay não quer assumir que muitas pessoas homossexuais sofrem por causa dos seus sentimentos e querem ser livres para fazer a transição?
- Richard Cohen: Os activistas homossexuais trabalharam muito para evitar que os profissionais da saúde médica e psicológica  oferecessem a sua ajuda àqueles que experimentam atracção indesejada pelo mesmo sexo. A razão é que os homossexuais sofrem muitos preconceitos. Tudo o que eles querem é ser amados e aceites. Portanto, desenvolvem a teoria de que ser gay é algo inato e imutável e não pode ser alterado. Mas isso não é cientificamente correcto. in Zenit
Fonte: Senza Pagare

terça-feira, 25 de junho de 2013

Passageiros de um ônibus no Rio de Janeiro expulsam defensoras do aborto do coletivo



(Relato anônimo)

Voltando de um fim de semana maravilhoso, onde participei com diversos amigos queridos (muitos que só conhecia no Facebook), me deparei com uma situação bem inusitada.

Ao tomar um ônibus da Rodoviária Novo-Rio para minha casa, me deparei com duas figuras detestáveis. Duas feministas radicais, com camisas do movimento feminista do PT, estavam no coletivo e conversavam entre si. Pude ver que elas falavam desnecessariamente mais alto, no intuito de propagandear as ideias subversivas da Ideologia de Gênero. Coisas usuais como “a mulher tem o direito sobre seu corpo.”, “o brasileiro é um povo atrasado que não acompanha as tendências de grandes centros como Suécia e Inglaterra”, “esses religiosos radicais que ficam impondo a religião no Estado Laico”, etc.

Aquela conversa estava bem desagradável. Olhando para trás, pude ver também que todos os demais passageiros estavam incomodados com aquilo. Não eram muitos, mas com certeza estavam desgostosos do assunto, visto que olhavam para fora do coletivo, tentando cortar o olhar das fulanas.

Próximo ao Vão Central da Ponte Rio-Niterói, uma das ativistas, na maior cara de pau possível, falou a seguinte expressão:

“Não importa se esses religiosos ficam denunciando clínica [de aborto] para fechar. A gente sempre arranja um jeito. Esses dias mesmo uma garota lá com 4 meses [de gravidez], que os pais não queriam que tirasse, nós conseguimos ajudar a ela a garantir o direito dela de escolher interromper a gravidez…”

Não pude me contar e no mesmo momento levantei-me enfurecido e e acusei em voz bem alta:

“Assassinas! [...] Pessoal, elas ajudaram a matar uma criancinha de 4 meses na barriga da mãe!”.

Uma fúria coletiva se instaurou no ônibus. TODOS se levantaram e começaram a protestar com gritos de “assassinas”, “covardes”, “desgraçadas” etc. Uma senhorinha teve que ser contida para não agredir as feministas com a bolsa. Os passageiros exigiram que as mulheres descessem na Ilha de Mocanguê, base da Esquadra Naval, Mesmo que elas não ficassem lá. Dois homens pegaram as feministas e literalmente expulsaram da condução!

Um grande grito de NÃO AO ABORTO foi ouvido. “ABORTO NÃO! todos diziam. Pedi a todos par rezarmos a oração do Pai-Nosso e uma Ave-Maria pela alma inocente daquela criancinha e de tantas outras que não puderam conhecer a luz do dia por conta de gente nefasta como aquelas feministas desgraçadas e amaldiçoadas.

Não é preciso muito mais que CORAGEM e VERGONHA NA CARA certo para fazermos aquilo que realmente é preciso. Se você ver um desses agentes de Satanás espalhando seu veneno pela sociedade, acuse-os daquilo que realmente são. Assassinos cruéis e covardes, que querem MATAR um inocente em no ventre materno.

A Vida começa no momento da concepção, conforme nos fala claramente o Pacto de San José. Qualquer um que fale diferente disto, é um mentiroso, canalha e que não faz nada além de transmitir a maldita Cultura da Morte. Sejamos nós promotores da Cultura da Vida. Defensores ferrenhos da família e dos valores cristãos. Não tenhamos medo de fazer o que é certo. Sejamos fortes! VIVA CRISTO REI!

Fonte http://www.sentinelacatolico.com.br/index.php/2013/06/um-nibus-pr-vida/
Sou Conservador sim, e daí?

domingo, 23 de junho de 2013

Tratado das Tentações, CAPITULO 3 - É preciso recorrera Deus nas tentações. Ele nos sustenta no meio dos combates; E nós não reparamos nisso por falta de atenção



Nessas tempestades de que uma alma é agitada, às vezes Deus a conduz de maneira sensível. Trabalha-se então com coragem para se sustentar contra as ondas impetuosas das paixões. A vista de
Deus, que se apresenta vivamente a nós, o desejo de amá-lo, que se faz sentir, animam-nos, e redobram a nossa confiança. Mas às vezes, também, Deus se oculta: parece adormecido como outrora na barca dos Discípulos, prestes a perecerem pela violência das ondas pelas quais ela era batida.

Em semelhante ocasião, uma alma acha-se em perigo, pelo temor excessivo que se lhe apodera do coração e que o enfraquece.

Não; no momento, nada tendes a temer se levantardes os olhos para o Céu, de onde vos deve vir o socorro de que precisais,e se fizerdes uso desse socorro. em Discípulos, expostos a perder-se, não perderam seu tempo em se lamentar inutilmente; não abandonaram o cuidado da sua barca por um minuto sequer: continuaram a manobra, para se sustentarem contra a borrasca; e recorreram ao seu divino Mestre, cujo socorro imploraram.

Jesus parecia dormir (Mt 8, 34); e no entanto os dirigia, sem que eles reparassem nisso, ·nas medidas que tomava para eles não serem tragados pelas ondas. Assim Deus, por mais oculto que esteja aos
vossos olhos, nem por isto está menos atento ao que se passa no vosso coração.

A todo momento parece-vos que ides naufragar; e, no entanto, vos sustentais contra a tempestade.
Essas vistas que vos. guiam, esses sentimentos que vos animam e que vos fazem agir quase sem que o percebais, essa coragem que tantas vezes parece abandonar-vos e que renasce sempre, essa firmeza
que vos faz renunciar com constância aos falsos prazeres, aos prazeres criminosos que o inimigo vos apresenta, de quem é que os haveis? Será de vós mesma? Fraca como sois, lisonjear-vos-eis de
resistir sozinha? Não os haveis de Jesus Cristo, que, sem se mostrar sensivelmente, vos sustenta poderosamente, consoante a palavra que Ele vos deu (1 Cor 10, 13), de que a provação não será acima das vossas forças, ajudadas pela sua graça? Sim, mesmo quando o julgais afastado de vós,
Jesus Cristo está no meio do vosso coração: vós vos julgais esquecida, e mais do que nunca estais presente ao vosso Salvador, porque tendes necessidade d'Ele. Ele preside aos vossos combates, como presidiu ao de s. Estêvão (At 7, 55); e, desde que não falteis à confiança, Ele vos tornará superior a todos os vossos inimigos, impedindo-vos de consentir nos maus desígnios deles.


Padre Michel da Companhia de Jesus, Tratado das Tentações

Palestrina - Missa Brevis


sábado, 15 de junho de 2013

Ave Regina Coelorum - Guillaume Dufay

Viva Cristo Rei!
Salve Maria Imaculada, Rainha Nossa!

A partir de hoje, em cada sábado, publicarei aqui uma música mariana. Também pretendo aqui colocar, aos domingos, Missas (composições de música sacra feitas para as orações da Santa Missa, rezadas/cantadas pelo coral.)
Espero que gostem!

Hoje vamos com o Ave Regina Caelorum, composto por Guillaume Dufay:


Texto em latim:

Ave, Regina Caelorum,
Ave, Domina Angelorum:
Salve, radix, salve, porta
Ex qua mundo lux est orta:
Gaude, Virgo gloriosa,
Super omnes speciosa,
Vale, o valde decora,
Et pro nobis Christum exora.
V. Dignare me laudare te, Virgo sacrata.
R. Da mihi virtutem contra hostes tuos.
Oremus: Concede, misericors Deus, fragilitati nostrae praesidium: ut, qui sanctae Dei Genitricis memoriam agimus; intercessionis eius auxilio, a nostris iniquitatibus resurgamus. Per eundem Christum Dominum nostrum. Amen.
 
Tradução em português:
 
Ave, Rainha do céu;
ave, dos anjos Senhora;
ave, raiz, ave, porta;
da luz do mundo és aurora.
Exulta, ó Virgem gloriosa,
as outras seguem-te após;
nós te saudamos: adeus!
E pede a Cristo por nós!
V. Dignai-me louvar-te, Virgem Sagrada.
R. Dai-me forças contra vossos inimigos.


 

Da dificuldade de conservarmos os bens espirituais recebidos de Deus - da necessidade que temos da Virgem Maria


Quinta verdade - É extremamente difícil, devido à nossa fraqueza e fragilidade, conservarmos em nós as graças e tesouros que recebemos de Deus.
1º Porque este tesouro, mais valioso que o céu e a terra, nós o guardamos em vasos frágeis: "Habemus thesaurum istum in vasis fictilibus" (2 Cor 4,7): em um corpo corruptível, em uma alma fraca e inconstante que um nada perturba e abate.
2º Porque os demônios, que são ladrões finórios, buscam surpreender-nos de improviso para nos roubar e despojar: espreitam dia e noite o momento favorável a seu desígnio; andam incessantemente ao redor de nós, prontos a devorar-nos (cf. 1 Pd 5,8) e, pelo pecado, arrebatar-nos, num momento, tudo que em longos anos conseguimos alcançar de graças e méritos. E tanto mais devemos temer esta desgraça, sabendo quão incomparável é sua malícia, sua experiência, suas astúcias e seu número. Pessoas tem havido muito mais cheias de graça do que nós, mais ricas em virtudes, mais experientes, mais elevadas em santidade, que foram surpreendidas, roubadas, saqueadas lamentavelmente. Ah! quantos cedros do Líbano, quantas estrelas do firmamento se têm visto cair miseravelmente, perdendo em pouco tempo toda a sua altivez e claridade. A que atribuir tão estranha mudança? Não foi falta de graça, pois a graça não falta a ninguém; foi falta de humildade. Essas pessoas acreditavam-se mais fortes e suficientes do que o eram na realidade; julgavam-se capazes de guardar seus tesouros; creram sua casa bastante segura e bem fortes os seus cofres para guardar o precioso tesouro de graça, e, devido a essa segurança imperceptível que tinham em si (conquanto lhes parecesse que se apoiavam na graça de Deus), é que o justíssimo Senhor, abandonando-as às próprias forças, permitiu que fossem roubadas. Ah! se tivessem conhecido a devoção admirável [a Nossa Senhora], teriam confiado seu tesouro à Virgem poderosa e fiel, que o teria guardado como seu próprio bem, fazendo mesmo, disso, um dever de justiça.
É difícil perseverar na justiça por causa da corrupção do mundo. O mundo está, atualmente, tão corrompido, que é quase necessário que os corações religiosos sejam manchados, se não pela lama, ao menos pela poeira dessa corrupção; de modo que se pode considerar um milagre o fato de uma pessoa manter-se firme no meio dessa torrente impetuosa sem que o turbilhão o arraste; no meio desse mar tempestuoso sem que o furor das ondas a submerja ou a pilhem os piratas e corsários; no meio desse ar empestado sem que os miasmas a contaminem. É a Virgem, a única fiel, na qual a serpente não teve parte jamais, que faz este milagre em favor daqueles e daquelas que a servem da mais bela maneira.

S. Luís Maria Grignion de Montfort, Tratado da Verdadeira Devoção
 
Fonte: Blog GRAA

domingo, 9 de junho de 2013

Aviso aos casados - Por S. Francisco de Sales



O casamento é um grande sacramento, eu digo em Jesus Cristo e na sua Igreja é honroso para todos, em todos, e em tudo, isto é, em todas as suas partes. Para todos: porque as próprias virgens o devem honrar com humildade. Em todos: porque é tão santo entre os pobres como é entre os ricos. Em tudo: porque a sua origem, o seu fim, as suas vantagens, a sua forma e matéria são santas. É o viveiro do Cristianismo, que enche a terra de fiéis, para tornar completo no céu o número dos eleitos: de sorte que a conservação do bem do casamento é sobremaneira útil para a república; porque é a raiz e o manancial de todos os seus arroios.

Prouvera a Deus que o seu Filho muito amado fosse chamado para todas as bodas como o foi para a de Caná; nunca faltaria lá o vinho das consolações e das bençãos;porque se não as há senão um pouco ao princípio, é porque, em vez de Nosso Senhor, se fez vir a elas Adônis e, em lugar de Nossa Senhora, se faz vir a Vênus. Quem quer ter cordeirinhos bonitos e malhados, como Jacó, precisa como ele de apresentar às ovelhas quando se juntam para conceber umas lindas varinhas de diversas cores; e quem quer ser bem-sucedido no casamento, deveria em suas bodas representar a si mesmo a santidade e dignidade deste Sacramento; mas em lugar disso dão-se aí mil abusos e excessos em passatempos, festins e palavras. Não é pois de admirar que os efeitos sejam desordenados.


Exorto sobretudo aos casados ao amor recíproco que o Espírito Santo tanto lhes recomenda na Sagrada Escritura: ó casados não se deve dizer: amai-vos um ao outro com o amor natural, porque os casais de rolas fazem isto muito bem. nem se deve dizer: amai-vos com amor humano, porque também os pagãos praticaram esse amor; mas digo-vos encostado ao grande Apóstolo: Maridos, amai as vossas mulheres, como Jesus Cristo ama a Igreja; ó mulheres, amai vossos maridos, como a Igreja ama o seu Salvador. Foi Deus quem levou Eva a nosso primeiro pai Adão, e lha deu por mulher; foi também Deus, meus amigos, que com sua mão invisível fez o nó do sagrado laço do vosso matrimônio, e que vos deu uns aos outros: por que não haveis então de amar-vos com amor todo santo, todo sagrado, todo divino?


O primeiro efeito deste amor é a união indissolúvel dos vossos corações. Se se grudam duas peças de pinho, uma vez que a cola seja fina, a união fica tão forte, que será mais fácil quebrar as peças noutros sítios do que no sítio da junção; mas Deus junta o marido e a mulher em seu próprio sangue: e por isso é que esta união é tão forte que antes se deve separar a alma do corpo de um e de outro do que separar-se o marido da mulher. Ora esta união não se entende principalmente do corpo, mas sim do coração do afeto e do amor.


O segundo efeito deste amor deve ser a fidelidade inviolável de um ao outro: antigamente gravavam-se os selos nos anéis que se traziam nos dedos, como a própria santa Escritura testifica. Aqui está o segredo da cerimônia que se faz nas bodas: a Igreja pela mão do sacerdote benze um anel, e dando-o primeiramente ao homem, dá a entender que sela e cerra seu coração por este Sacramento, para que nunca mais nem o nome, nem o amor de qualquer outra mulher possa nesse coração entrar, enquanto viver aquela que lhe foi dada: depois o esposo mete o anel na mão da própria esposa, para que ela reciprocamente saiba que nunca o seu coração deve conceber afeto por qualquer outro homem, enquanto viver sobre a terra aquele, que Nosso Senhor acaba de lhe dar.


O terceiro fruto do casamento é a geração e a legítima criação e educação dos filhos. Grande honra é esta para vós, ó casados, que Deus, querendo multiplicar as almas que possam bendizel'O e louvá-l'O por toda a eternidade, vos torna cooperadores de obra tão digna, por meio da produção dos corpos, em que Ele reparte, como gotas celestes, as almas, criando-as e infundindo-as nos corpos.


Conservai pois, ó maridos, um terno, constante e cordial amor a vossas mulheres: por isto foi a mulher tirada do lado mais chegado ao coração do primeiro homem, para que fosse amada por ele cordial e ternamente. As fraquezas e enfermidades de vossas mulheres, quer do corpo, quer do espírito, não devem provocar-vos a nenhuma espécie de desdém, mas antes a uma doce e amorosa compaxião, pois Deus criou-as assim para que dependendo de vós, vos honrem e vos respeitem mais, e de tal modo as tenhais por companheiras que contudo sejais os chefes e superiores. E vós, ó mulheres, amai ternamente, cordialmente, mas com um amor respeitoso e cheio de reverência, os maridos que Deus vos deu: porque realmente por isso os criou Deus de um sexo mais vigoroso e predominante, e quis que a mulher fosse uma dependência do homem, e osso dos seus ossos, e carne da sua carne, e que ela fosse produzida por uma costela deste, tirada debaixo dos seus braços, para mostrar que ela deve estar debaixo da mão e governo do marido; e toda a Escritura Santa vos recomenda severamente esta sujeição, que aliás a mesma Escritura vos faz doce e suave, não somente querendo que vos acomodeis a ela com amor, mas ordenando a vossos maridos que a exerçam com grande afeto, ternura e suavidade.


Maridos, diz São Pedro, portai-vos discretamente com vossas mulheres como com um vaso mais frágil, honrando-as. Mas assim como vos exorto a afervorar cada vez mais este recíproco amor que vos deveis, estai alerta para que não se converta em nenhuma espécie de ciúme: porque acontece muitas vezes que, como o verme se cria na maçã mais delicada e madura, também o ciúme nasce no amor mais ardente e afetuoso dos casados, ja substância aliás estraga e corrompe; porque pouco a pouco acarreta os desgostos, desavenças e divórcios. Por certo que o ciúme nunca chega aonde a amizade está de parte a parte fundada na verdadeira virtude: e eis a razão por que ela é um sinal indubitável de um amor sensual, grosseiro, e que se dirigiu a objeto em que encontrou uma virtude defeituosa, inconstante e exposta a desconfianças. É pois uma pretensão tola querer dar a entender com os zelos a grandeza amizade: porque o sinal na verdade é um sinal da magnitude e corpolância da amizade, mas não da sua bondade, pureza e perfeição; pois que a perfeição da amizade pressupõe a firmeza da virtude da coisa que se ama, e o ciúme pressupõe a incerteza.


Se quereis, maridos, que as vossas mulheres vos sejam fiéis, ensinai-lhes a lição com o vosso exemplo: Com que cara, diz S. Gregório Nazianzeno, quereis exigir honestidade de vossas mulheres, se vós próprios viveis na desonestidade? Como lhes pedis o que não lhes dais? Quereis que elas sejam castas? Vivei castamente com elas, e, como diz São Paulo, saiba cada um possuir o seu vaso em santificação. Mas, se pelo contrário vós mesmos lhes ensinais as dissoluções, não é de admirar que sofrais a desonra da sua perda.


Mas vós, ó mulheres, cuja honra está inseparavelmente aliada com a pureza e honestidade, conservai zelosamente a vossa glória, e não permitais que nenhuma espécie de dissolução empane a brancura da vossa reputação. Temei toda a sorte de ataques, por pequenos que sejam: nunca permitais que andem em volta de vós os galanteios. Todo aquele que vem elogiar a vossa formosura e a vossa graça deve ser-vos suspeito. Porque quem gaba uma mercadoria que não pode comprar, ordinariamente é muito tentado a roubá-la. Mas se ao vosso encômio alguém adicionar o desprezo de vosso marido, ofende-vos sobremaneira, porque a coisa é clara, que não somente quer perder-vos, mas já vos tem na conta de meio perdida, pois que metade do contrato é feito com o segundo comprador, quando se está desgostoso do primeiro. As senhoras, tanto antigas como modernas, acostumaram-se a levar pendentes das orelhas muitas pérolas, pelo prazer, diz Plínio, que têm em as ouvir tilintar e chocalhar, tocando umas nas outras. Mas quanto a mim, que sei que o grande amigo de Deus, Isaac, enviou à casta Rebeca pendentes de orelhas como os primeiros penhores do seu amor: eu creio que este ornamento místico significa que a primeira coisa que um marido deve ter de uma mulher, e que a mulher lhe deve fielmente guardar, é a orelha, para que nenhuma linguagem ou ruído possa aí entrar, senão o doce e amigável gorjeio das palavras castas e pudicas, que são as pérolas orientais do Evangelho. Porque é preciso lembrar-se sempre de que as almas se envenenam pelo ouvido, como o corpo pela boca.



Fonte: Filotéia ou Introdução à Vida Devota - S. Francisco de Sales, Parte III, cap. 38.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Festa do Sagrado Coração de Jesus: revelação a Santa Margarida Alacoque

Estando uma vez diante do SS. Sacramento, num dia de sua oitava [provavelmente, em 16/06/1675], recebi graças muito grandes de Deus, e senti-me impelida pelo desejo de corresponder-lhe de algum modo de de pagar-lhe amor com amor. Ele disse-me:

"Não podes corresponder melhor do que fazendo o que já tantas vezes te pedi. Eis aqui este Coração que tanto tem amado os homens, que a nada se tem poupado até se esgotar e consumir para lhes testemunhar seu amor; e em reconhecimento não recebo, da maior parte deles, senão ingratidões por meio das irreverências e sacrilégios, tibiezas e desdéns que usam para comigo neste Sacramento de amor. E o que muito mais me custa é tratar-se de corações a mim consagrados os que assim me tratam. Por isso peço-te que seja constituída uma festa especial para honrar meu Coração na primeira sexta-feira depois da oitava do Corpo de Deus. Comungue-se, nesse dia, e seja feita a devida reparação por meio de um ato de desagravo, para reparar as indignidades que recebeu durante o tempo que esteve exposto sobre os altares. E eu te prometo que meu Coração se dilatará, para derramar com abundância os benefícios de seu divino amor sobre os que lhe tributarem esta honra e procurarem que outros a tributem"
 
Fonte: Blog do Angueth

quarta-feira, 5 de junho de 2013

4 ideias encorajadoras dum rapaz de 12 anos


São Domingos Sávio (1842-1857) foi um jovem rapaz sob a direcção espiritual de São João Bosco. Começou a estudar para o sacerdócio mas um dia ficou doente e morreu com 14 anos de idade. Quando tinha apenas 12 anos, Domingos escreveu quatro regras pelas quais queria viver e tornar-se santo. São simples e bonitas:

1. Irei à Comunhão e Confissão com frequência.
2. Irei manter santos os dias de festa.
3. Jesus será o meu melhor amigo.
4. Preferirei morrer do que cometer um pecado.

Que esta lista de propósitos? Só uma criança poderia amar com tanta simplicidade. Se conseguíssemos manter estes propósitos no nosso coração com amor, cada um de nós seria um grande santo.

Já agora, esta seria uma grande lista para dar aos miúdos na Primeira Comunhão e Crisma. Devia ser impresso nas pagelas. Eu compraria 100 delas! Por favor imprimam estes quatro propósitos e ponham-nos no vosso espelho para vos lembrar todas as manhãs do simples e pequeno caminho para a santidade. 
 
Taylor Marshall
 
Fonte: Senza Pagare

sábado, 1 de junho de 2013

Tratado das Tentações, CAPlTULO II: As tentações não são sinal do mau estado de uma alma em relação a Deus e a sua salvação




Ordinariamente, as tentações frequentes bem podem assinalar um coração sujeito a paixões e propenso ao mal, porém não assinalam um coração mau e afastado de Deus, quando essas inclinações são desaprovadas. Esse pendor para o mal, que nós trazemos ao nascer, pela desordem que o pecado de nosso primeiro pai pôs nas nossas inclinações, às vezes é fortalecido pela dependência em que a nossa alma está dos sentidos. Essa dependência torna-nos mais ou menos sujeitos às tentações,
conforme seja mais forte ou menos forte a impressão dos sentidos; sendo tudo isso independente da nossa vontade, e não vindo do fundo do coração, não assinala nele um vício particular. Ele não é a causa dessa disposição dos sentidos; pelo contrário, sofre com ela, e, quando a corrige pelo seu apego à virtude, por mais forte que seja a inclinação o coração nem por isso se torna mau.


Essa resistência às tentações assinala, antes, um coração cristão, e faz conhecer o apego que ele tem a seu Deus, e a proteção que Deus lhe concede; coisa que deve consolá-lo e enchê-lo de confiança.

A determinação em que ele se acha de resistir à Inclinação que o arrasta, recebe-a ele da misericórdia divina, que o sustenta por uma graça tanto mais particular quanto mais exposto ele estiver ao mal e
ao perigo de sucumbir.
É raciocinar mal o dizer: Se a minha mente e o meu coração estivessem em bom estado, se fossem bem de Deus, teria eu estas idéias, estes sentimentos, que ferem a caridade, que são oposto à fé, à
submissão, à paciência, e que me metem horror a mim mesmo?
Se essas idéias, se esses sentimentos dependessem de vós, se estivesse na vossa escolha tê-los ou não  ter, com razão julgaríeis estar muito afastada de Deus quando os experimentais. Mas tudo isso absolutamente não depende de vós. Essas idéias, esses sentimentos insinuam-se subtilmente, ou se abatem com impetuosidade sobre o vosso espírito e sobre o vosso coração, sem consultarem a vossa vontade; e, o que é ainda mais forte, perseveram na vossa alma a despeito da vossa vontade, que quereria desvencilhar-se deles, e que emprega toda sorte de meios para os afastar. Eles não são, pois, a expressão livre da vontade; não são da. escolha desta: não podem, pois, decidir coisa alguma contra o bom estado da alma e contra o seu apego a Deus e à virtude.

O coração só se apega pelos seus sentimentos refletidos e deliberados. Pode, pois, um coração ser inteiramente de Deus, embora experimente indeliberadamente sentimentos contrários à virtude, desde
que estes lhe desagradem em vista de Deus.
Digo mais: o desgosto que ele .sente de se ver atacado por tais inimigos, o horror que tem destes, são uma prova bem decisiva de que ele está apegado ao dever e ao amor divino. Se ele amasse menos a
Deus, se temesse ou se detestasse menos o pecado, não teria nem esse desgosto, nem essa perplexidade, nem esse horror seguiria a sua inclinação, satisfaria os seus desejos. Não pode ele, pois, ter prova mais segura do seu amor a Deus do que a fidelidade que Deus lhe dá em combater essas
más inclinações.
Os maiores santos foram postos a essa prova; S. Paulo não foi eximido dela: e eles amavam a Deus perfeitamente. O nosso divino Salvador quis submeter-se a ela para nossa instrução: e era o Santo dos
Santos. O que Ele quis experimentar na sua humanidade santa não pode ser um mal, nem mesmo uma imperfeição: Ele era incapaz de um e de outra. Não podemos, pois, ser culpados quando experimentamos isso da mesma maneira que Ele, quando nos defendemos disso como Ele o
fez, em proporção da nossa fraqueza.

Padre Michel da Companhia de Jesus, Tratado das Tentações
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